Já ouviu falar de mutualismo? Como poderá este modelo económico e social complementar dos sistemas públicos de previdência e proteção social contribuir para o combate à pobreza em São Tomé e Príncipe? São questões como estas que a Conferência Internacional “O papel da proteção social complementar para a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: o caso do mutualismo” se propõe debater com os são-tomenses, no dia 31 de maio, 8h30, no Hotel Pestana São Tomé.
A iniciativa é organizada pela União das Mutualidades Portuguesas, em parceria com A Mutualidade de Santa Maria, Federação das Organizações Não Governamentais de São Tomé e Príncipe, Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa e a Universidade de São Tomé e Príncipe.
Atendendo ao apelo de várias agências internacionais para a relevância da proteção social no combate à pobreza, a conferência visa discutir as potencialidades do mutualismo no desenvolvimento de novas soluções adequadas às necessidades dos cidadãos e das famílias.
Com uma longa tradição em países como Portugal, o mutualismo é um modelo de previdência e proteção social sustentável e muito pertinente em contextos em que os Estados têm dificuldade em assegurar a totalidade das necessidades das suas populações, já que disponibilizam aos seus associados e famílias, diferentes modalidades de benefícios complementares de segurança social (pensões de reforma, de invalidez e sobrevivência, rendas vitalícias, capitais para jovens e a prazo e subsídios de desemprego, maternidade e outros) e saúde (assistência médica, enfermagem e medicamentosa, através do seu corpo clínico ou através de protocolos e acordos de cooperação com serviços oficiais, outras mutualidades ou com entidades privadas).
A complementaridade de tais modalidades com a ação estatal será o mote para uma conferência que contará com a presença de um qualificado e diversificado painel de oradores.